Você sabia? O IBAMA proibiu a criação de caracol africano

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Você sabia? O IBAMA proibiu a criação de caracol africano

O caracol-africano e seus ovos foi proibido pelo IBAMA em todo o território brasileiro seja na criação, transporte ou comercialização de moluscos terrestres, a preocupação dos profissionais de saúde pública é devido ao seu potencial de transmissão de diversos parasitas e doenças para o homem.

O surto em nosso país esta tão grande que, apenas em nossa matéria “Caramujos transmite a esquistossomose meningite, barriga d’água, xistose” tivemos algo em torno de 197.696 reações, comentários e compartilhamentos.

Esses caracóis são realmente um problema, pois podem transportar vermes pulmonares de ratos. Eles entram pela pele quando você toca no muco deles.

O verme do pulmão é realmente grave, não permita que crianças o coloquem na boca e nem mesmo toque em caracóis de jardim sem luvas.

Identificação da Espécie

Identificados como da espécie Achatina fulica, também conhecida como acatina, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano, falso-escargot ou rainha-da-África, ou qualquer espécie de moluscos terrestres bem como de seus ovos, fica vetado a proibição pelo IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis através da Instrução Normativa nº 73 de 18/08/2005 

A consideração é que o caramujo-gigante-africano não pertence à fauna silvestre nativa, sendo, portanto, uma espécie exótica invasora, nociva às espécies silvestres nativas, ao ambiente, à agricultura e à saúde pública; e

Proibição

A proibição prevista na Instrução Normativa também se aplica aos demais moluscos exóticos introduzidos ou criados sem a autorização do órgão ambiental federal competente.

Entende-se por molusco exótico, toda a espécie de molusco que se encontra fora de sua área natural de ocorrência.

Destinação e Pena

Todos os exemplares de caramujo-gigante, devem ser entregues ao Ibama ou órgão competente, onde os criadores estarão sujeitos às penalidades previstas na legislação vigente.

Quem promover, acidentalmente ou deliberadamente a soltura de moluscos exóticos, estará sujeito às sanções previstas no Art. 45 do Decreto nº 3179/99 de 21 de setembro de 1999 sem prejuízo das demais sanções penais e civis cabíveis.

Responsáveis

Os órgãos competentes federais, estaduais e municipais, bem como as organizações não governamentais com experiência comprovada na área, assim como a Ponto Limpo Serviços, ficam autorizados a implementar medidas de controle, coleta e eliminação dos exemplares do caramujo africano, como uma maneira de conter a atual invasão deste molusco nos ambientes urbanos, rurais e naturais.

A metodologia estabelecida para o controle e eliminação do caramujo deve estar em acordo com a legislação vigente.

Reclamações

É grande o volume de solicitações recebidas pelos Centro de Controle de Zoonoses e pelas Secretarias de Vigilância em Saúde, com populares em todo o Brasil buscando informações de como eliminar os caramujos africanos.

Origem

Originário do nordeste da África pode pesar 200 gramas e medir cerca de 10 centímetros de comprimento e 20 de altura.

Sua concha é escura, com manchas claras, alongada e cônica. Além disso, sua borda é cortante.

Foi introduzido ilegalmente em nosso país na década de 80, no Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior que a destes animais.

Levado para outras regiões do Brasil, tal espécie acabou não sendo bem-aceita entre os consumidores, onde foram soltos na natureza e posteriormente proibidos pelo IBAMA, fazendo com que desencadeasse um surto ainda maior, onde muitos donos de criadouros, displicentemente, liberaram suas matrizes na natureza.

Predadores Naturais

A dificuldade de se encontrar predadores naturais se torna um fator, aliado à resistência e excelente capacidade de procriação desse animal, permitindo com que esse caramujo se adapte bem a diversos ambientes, sendo hoje encontrado em todos os estados brasileiros.

Existem registros de aves de maior porte se alimentando de caramujos africanos, entre elas o Carão ou Aramus guarauna que prefere viver em regiões pantaneiras, conforme a imagem abaixo.

Outro inimigo natural do caramujo africano, seria a seriema muito comumente encontrada nos cerrados brasileiros, veja abaixo no vídeo como ela atira o caramujo ao chão para se degustar com um banquete.

Certamente são aves difíceis de se encontrar na cidade ou mesmo na área rural, pois não são fáceis de se domesticar, mas existem relatos de outros predadores tipo os lagartos, gambas, gaviões caracoleiros.

O principal predador natural seriam os patos, que são facilmente domesticados, onde os mesmos assim como o Carão, tem o hábito de se alimentar de caramujos aquáticos, mas não conseguem distingui-los dos terrestres fazendo uma verdadeira limpeza em seu terreno.

Apenas se o caramujo for muito grande você deverá parti-lo para os seus patos, pois o mesmo não consegue quebrar o caramujo como faz a seriema.

Reprodução

Como são hermafroditas (possuem os dois sexos), apenas um animal pode continuar o ciclo, realizando até 05 posturas por ano, atingindo de 50 a 400 ovos por postura.

Normalmente passa o dia escondido e sai para se alimentar e reproduzir à noite ou em períodos de chuvas.

Transmissão de Doenças

Pode transmitir ao ser humano o verme Angiostrongyluscantonensis, causador da meningite.

Esse tipo de meningite ocorre na Ásia, Cuba, Porto Rico e Estados Unidos e ocorre, pois os caramujos se alimentam também com as fezes de ratos.

Pode transmitir também o parasita Angiostrongyluscostaricensis, comportando-se como parasitose comum.

Pode ser também responsável, indiretamente, pela transmissão da dengue e febre amarela. As conchas dos animais mortos podem encher-se de água e tornar-se um potencial reservatório do mosquito.

Dicas de como matar os moluscos:

  • Para realizar o recolhimento, as mãos devem estar protegidas com luvas ou sacos plásticos para evitar o contato com o animal.
  • Acondicioná-los em um recipiente contendo água sanitária e água (1 litro de água e 1 colher de sopa de água sanitária). A quantidade de água sanitária e água depende da quantidade de moluscos capturados;
  • Aguardar por 1h. Eliminar a água, acondicionar os caracóis em sacos plásticos e encaminhar para aterro;
  • O material ensacado também pode ser descartado em lixo comum, mas é preciso quebrar as conchas para que elas não acumulem água, tornando-se possíveis focos para reprodução de mosquitos.

Responsabilidade

A captura e eliminação desse molusco é de responsabilidade do proprietário do imóvel, ficando o órgão público responsável por prestar orientações, assim como a Ponto Limpo Serviços.

Para orientações públicas, entre em contato com o Centro de Controle de Zoonoses de sua cidade, mas se desejar uma solução eficientemente rápida com resultados concretos, acione agora mesmo a Ponto Limpo Serviços através do WhatsApp: (34) 98868-7168 que iremos até você.

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